Avaliação Neuropsicológica

A avaliação neuropsicológica une as ciências da neurologia e da psicologia para avaliar um paciente. Nesse sentido, o exame consiste em investigar como o funcionamento do cérebro influencia as funções cognitivas, emocionais e comportamentais, tais como:

  • Emoção;
  • Atenção;
  • Memória;
  • Sensopercepção;
  • Raciocínio;
  • Abstração;
  • Cálculo e planejamento;
  • Linguagem;
  • Capacidade Intelectual.
 

A avaliação neuropsicológica pode ser realizada para diferentes fins, como identificar um quadro clínico específico ou avaliar o desempenho neuropsicológico de modo geral.

O exame é feito por meio de uma série de procedimentos complexos e minuciosos, que incluem:

  1. Testes neurológicos e psicológicos específicos;
  2. Anamnese médica a partir de entrevistas com o paciente e seus familiares;
  3. Observação clínica.

 

Com a coleta dos dados obtidos, é gerado um relatório sobre o perfil neuropsicológico do paciente. O resultado da avaliação permite detectar a causa e o estágio de desenvolvimento de alguma anormalidade, além de indicar se o paciente precisa ser encaminhado a um determinado especialista.

Além disso, médicos como psiquiatras, neurologistas e geriatras podem solicitar esse exame como recurso para nortear o diagnóstico e o tratamento mais adequado – o qual pode ser com remédios, terapia, reabilitação ou outros métodos.

Quando ela é indicada?

A avaliação neuropsicológica pode ser necessária quando há algum caso de deficiência cognitiva que prejudica a vida diária da pessoa e interfere negativamente em seus relacionamentos interpessoais.

Sendo assim, alguns sinais podem indicar a necessidade de realizar o exame. Veja os principais:

  • Perda de memória;
  • Déficit das funções executivas, como planejamento e organização;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Déficit de atenção;
  • Déficit de raciocínio;
  • Dificuldades de aprendizagem;
  • Dificuldade com resolução de problemas;
  • Déficit das habilidades perceptivas e motoras.

A avaliação neuropsicológica também é útil para realizar o diagnóstico diferencial de doenças ou distúrbios que apresentam alterações tanto de ordem neurológica quanto psicológica. Assim, o exame ajuda a diagnosticar casos de:

  1. Transtorno de déficit de atenção;
  2. Hiperatividade;
  3. Dislexia;
  4. Atraso no desenvolvimento cognitivo;
  5. Distúrbios mentais;
  6. Demências;
  7. Doença de Alzheimer;
  8. Doença de Parkinson;
  9. Traumatismo craniano;
  10. Acidente vascular cerebral (AVC);
  11. Epilepsia;
  12. Depressão.

 

Além de possibilitar o diagnóstico, a avaliação neuropsicológica também serve para identificar a intensidade dos distúrbios cognitivos. Assim, é possível acompanhar a evolução do quadro clínico de pacientes, por exemplo, com Alzheimer, ou, ainda, monitorar a recuperação cognitiva em pacientes em reabilitação.