Pacientes Internados

Visitas Hospitalares e Pareceres para Pacientes Internados

Qual a diferença entre o Psiquiatra e o Psicólogo?

O psiquiatra é um médico com especialização em psiquiatria e, como médico, ele atua identificando os transtornos da química cerebral responsáveis pelos sintomas do paciente e, busca corrigir esses sintomas utilizando-se de medicações.

Já o psicólogo tem bacharelado em psicologia, não tem a formação médica e portanto, não pode prescrever medicações. Ele atua analisando as relações do paciente com o mundo e consigo mesmo, tentando compreender o que levou o paciente a ter os sintomas depressivos ou ansiosos e busca, junto com o paciente, formas deste lidar com os problemas causadores dos sintomas.

Em regra, as consultas de psicologia ocorrem uma vez por semana ou a cada quinze dias, para que se obtenha os resultados desejados; ao passo que as de psiquiatria podem ser mais espaçadas (mensal, trimensal…) dependendo de cada caso.

Principais dúvidas:

  • Transtornos de Humor (Depressão, distimia, Transtorno disfórico pré-menstrual, Transtorno Bipolar)
  • Transtornos de Ansiedade (Fobia social, fobias específicas, ansiedade generalizada, transtorno de pânico, mutismo seletivo, transtorno de ansiedade de separação…)
  • Transtornos Dissociativos e Somatoformes
  • Transtorno do Espectro Autista.
  • Transtorno Obssessivo-compulsivo (TOC)
  • Transtornos relacionados a Trauma e a Eventos Estressores (Transtorno de estresse agudo, Transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de adaptação…)
  • Transtornos Psicóticos (Esquizofrenia, Transtorno Psicótico Breve, Transtorno Esquizoafetivo, Transtorno Psicótico induzido por substâncias/medicamentos…)
  • Transtornos Alimentares (Anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar…)
  • Transtornos do Sono-Vigília (Transtorno de insônia, Transtorno de hipersonolência, Síndrome das pernas inquietas…)
  • Transtornos Relacionados a Substâncias e dependência química (Cigarro, benzodiazepínicos, álcool, maconha, cocaína, crack…)
  • Transtornos Neurocognitivos (Delirium, Doença de Alzheimer, Demência frontotemporal, Demência vascular…)
    • Transtornos de Personalidade (Histriônica, borderline, antissocial…)

Avaliação Psiquiátrica

A avaliação psiquiátrica é o principal instrumento utilizado pelo psiquiatra para formular hipóteses diagnósticas e planejar o tratamento do paciente. Ela é composta pelo exame do estado mental e a história clínica do paciente. É muito importante que durante esta avaliação, o paciente:

  • Seja sincero;
  • Detalhe ao máximo os seus sintomas: quais são, quando e como surgiram, períodos em que são mais in- tensos, se existiram fatos que coincidiram com o início dos sintomas, se já ocorreram anteriormente, se fez algum tratamento e quais as medicações que usou.
  • Tire todas as suas dúvidas;
  • Descreva sua rotina diária (hábitos alimentares, sono, atividade física, tabagismo, uso de bebida alcoólica ou drogas ilícitas);
  • Relate se na família existe alguém com transtorno psiquiátrico;
  • Fale sobre suas expectativas em relação ao tratamento.
 
 

Diagnóstico

O diagnóstico em psiquiatria nem sempre pode ser estabelecido em uma primeira consulta. Algumas vezes, são necessários mais encontros para se analisar minuciosamente a história de vida do paciente, seus sintomas passados/atuais e sua evolução com o uso regular das medicações.

Apesar da psiquiatria ter avançado muito nos últimos anos, ainda não há nenhum exame laboratorial ou de imagem que substitua o exame clínico (avaliação psiquiátrica) para se estabelecer um diagnóstico.

 
 

Exames Complementares

      Os exames complementares são utilizados para:

  • Auxiliar no diagnóstico;
  • Afastar doenças não psiquiátricas: Certos problemas clínicos podem se manifestar inicialmente na forma de alterações de comportamento (Ex.: Depressão como um dos sintomas de alteração da função da tireóide
  • Decidir se determinada medicação pode ser utilizada (Algumas pessoas não podem tomar determinados medicamentos por terem problemas no coração, se- rem epilépticas ou diabéticas);
  • Avaliar os efeitos tóxicos e terapêuticos do tratamento (Ex: Medir a concentração da medicação no sangue do paciente, facilitando o ajuste da dosagem da mesma);
  • Controle clínico do paciente em tratamento (Ex: con- trole de glicemia, de função do rim…).

1) Posologia (Modo de Usar)

Toda medicação deve ser tomada conforme orientação médica. O uso dos medicamentos é diário, sempre no mesmo horário e preferencialmente com água e de estômago cheio.

Nunca altere as dosagens por conta própria, pois pode ser muito perigoso para a saúde. Sempre avise seu médico se está tomando outras medicações, inclusive medicamentos de uso comum (vitaminas, remédios “naturais”, emagrecedores, anabolizantes), pois podem interferir no tratamento.

 

2) Peculiaridades das medicações

Podemos classificar os medicamentos psiquiátricos em dois tipos: os benzodiazepínicos, ou tarja preta, e os não-benzodiazepínicos:

  1. Medicações não-benzodiazepínicas (antidepressivos e estabilizadores de humor): Tratam efetivamente os sintomas de ansiedade e depressão, porém demoram alguns dias para surtir o efeito desejado. Isto ocorre porque tais medicações não são as substâncias cerebrais (serotonina, noradrenalina, dopamina, GABA, Glutamato…) já prontas para serem utilizadas, as medicações agem como “professores” do nosso cérebro, “reensinando-o” a equilibrar suas substâncias e assim gerando o bem-estar mental. É necessário ter paciência, persistência e confiança na conduta do seu médico;
  2. Medicações benzodiazepínicas (tarja preta): Efeito mais rápido e quase sempre é usada apenas para aliviar os sintomas enquanto a medicação não-benzodiazepínica faz efeito. Deve ser usada com cautela e pelo tempo determinado pelo médico. Nem sempre a primeira medicação prescrita fará o efeito desejado. É comum no tratamento dos transtornos depressivos ou ansiosos a tentativa com até duas ou três medicações para que se encontre a ideal, pois nem todos os pacientes se adaptam a mesma medicação.
 

3) Tempo de Tratamento

O tratamento é no mínimo 6 a 12 meses após melhora dos sintomas. Infelizmente, muitos pacientes param o tratamento ao menor sinal de melhora. ISSO É UM GRANDE ERRO! Se o paciente interromper o uso das medicações antes do tempo determinado, o cérebro ainda não terá “aprendido e memorizado a lição” que lhe foi transmitida e, conseqüentemente, terá o retorno de todos sintomas de forma mais freqüente, intensa e resistente as medicações

 

4) Mito da dependência

A maioria das medicações psiquiátricas não causa dependência. As que podem causar são os benzodiazepínicos (tarja preta) e os estimulantes (metilfenidato). Contudo, se forem usadas conforme a orientação médica, não causarão tal problema.

 

5) Bula das Medicações

Ao fazer a leitura da bula do medicamento não se impressione com os efeitos colaterais ali descritos, pois o médico ao fazer a prescrição da medicação procedeu a avaliação necessária de tais efeitos, além do que, muitos dos efeitos descritos são raríssimos de ocorrer, porém a indústria farmacêutica é obrigada a relatar cada um deles.

Todas as medicações, inclusive analgésicos (dipirona e paracetamol) e medicações ditas “naturais”, têm efeitos colaterais listados em suas bulas e mesmo assim são usados continuamente.

 

6) Efeitos Colaterais e seu manejo clínico 

A maioria dos efeitos colaterais desaparece com o tempo ou se tornam bem tolerados, mas é possível amenizá-los das seguintes formas:

  • Boca seca: Hidratação e higiene oral freqüentes, saliva artificial, bochechos com flúor à noite, uso de balas ou chicletes sem açúcar.
  • Olhos secos: Soro fisiológico e colírios lubrificantes.
  • Tremor e taquicardia: Diminuir uso de estimulantes (cafeína, nicotina), uso moderado de benzodiazepínicos ou propranolol (sob orientação médica).
  • Pesadelos: Mudar o horário de ingestão da medicação ou dividir a dosagem em duas ou mais vezes ao dia.
  • Hipotensão postural: Levantar-se devagar, usar meias elásticas, fortalecer a musculatura da panturrilha, ingerir sal (pequena quantidade).
  • Náuseas: Tomar a medicação após alimentação, fracionar a alimentação ao longo do dia, usar antiácidos (Não usar duas horas antes ou depois da medicação psiquiátrica, pois diminui sua absorção) ou ondansetrona (Vonau*).
  • Ganho de peso: Listar os maus hábitos alimentares e modificá-los um por vez (trocar refrigerantes por sucos naturais, mastigar bem os alimentos, evitar frituras e doces, usar açúcar com moderação); fazer 5 a 6 refeições leves por dia, em horários regulares (não “pular” as refeições) e em locais tranquilos; aumentar o consumo de frutas e verduras, posto que aumentam a sensação de saciedade.
  • Constipação intestinal: Ingerir alimentos ricos em fibras ou substâncias que retenham líquidos no intestino, como mucilóide de Psyllium, 1 a 2 envelopes/ dia; aumentar a ingestão de líquidos, praticar exercícios físicos regularmente; prestar atenção no horário de ir ao banheiro e não deixar para mais tarde; não abusar de arroz branco, massas, batata, mandioca, banana prata ou maçã e enlatados.
  • Disfunção sexual: Recomenda-se inicialmente aumentar a estimulação sexual e aguardar até que esse efeito colateral diminua. Caso não haja melhora, deve-se conversar com o médico sobre a possibilidade de diminuir a dosagem do antidepressivo, associar outros medicamentos ao tratamento ou trocar a medicação.

1) Psicoterapias

Existem mais de 200 tipos de psicoterapias com abordagens terapêuticas diferentes: psicoterapia interpessoal, terapia cognitiva-comportamental, psicoterapia junguinana, psicanálise, Lacaniana, Gestalt Terapia e outros.
Nem sempre o paciente se sentirá confortável com a primeira linha de terapia a que será submetido (semelhante ao que acontece com as medicações psiquiátricas). É importante persistir na busca da terapia que mais se adapte ao seu perfil, pois a associação dela com a medicação é sempre mais eficaz do que o uso isolado da medicação.

 

2) Técnicas de Relaxamento e de Respiração

As técnicas de relaxamento têm como objetivo promover o descanso muscular, a redução da atividade mental, o controle da ansiedade e assim reestabelecer a homeostase corporal, gerando uma sensação de bem-estar e equilíbrio. Há várias formas de relaxamento, desde técnicas mais tradicionais de meditação, yoga, respiração diafragmática, relaxamento muscular progressivo, às mais modernas tais como biofeedback e visualização.

2.1) Técnica da Respiração Diafragmática:

A respiração tem uma relação muito próxima com a ansiedade. Em momentos de muito estresse, tendemos a respirar de forma rápida, curta e ofegante, fenômeno é conhecido como hiperventilação. A hiperventilação é responsável por diminuir o teor de CO2 dissolvido no sangue e  assim ocasionar sintomas físicos muito semelhantes ao da própria ansiedade: sensação de estar flutuando, tontura, desmaios, dores no peito, dormência nos dedos e em volta da boca, taquicardia, sensação de falta de ar, fraqueza, dentre outros.

Desta forma, a utilização da técnica da Respiração Diafragmática melhora o padrão de respiração, acalma a mente e controla a ansiedade. Ela pode ser feita da seguinte forma:

  1. Em uma posição confortável (sentado ou deitado), coloque uma das mãos sobre o abdômen, logo acima do umbigo e a outra mão sobre o tórax.
  2. Inspire pelo nariz, inflando o abdômen e solte o ar bem devagar murchando o abdômen.
  3. Inspire contando até três e solte o ar contando até seis. O importante é soltar o ar mais devagar do que quando o puxa.
  4. Relaxe e permita‐se experimentar a sensação de tranqüilidade
 

3) Exercícios Físicos

A prática regular de exercícios físicos deveria fazer parte do dia-a-dia de todos nós pois ela funciona como um verdadeiro antídoto para quase todos os males da saúde mental e física.
A atividade física é capaz de induzir a secreção e a liberação de endorfinas no cérebro e assim promover inúmeros benefícios ao corpo tais como:

  • Relaxamento, prazer e bem estar;
  • Melhor qualidade de sono
  • Maior controle do peso
  • Redução de dores crônicas e de fatores de risco para doenças degenerativas.
  • Maior disposição para atividades diárias
  • Evita o aumento das dosagens das medicações e facilita o desmame delas ao término do tratamento;
  • Previne novos episódios de transtornos psiquiátricos.
 

4) Alimentação Saudável

Ter hábitos alimentares saudáveis é fundamental para o bem-estar físico e mental do ser humano. Ele está diretamente relacionado à promoção de saúde e prevenção de doenças.  E consiste basicamente em:  beber muita água; comer frutas e legumes; diminuir a ingesta de sal, açúcar e gordura; comer alimentos ricos em vitaminas (B e C), cálcio, magnésio, selênio e ferro …
No caso dos pacientes em tratamento psiquiátrico, tais hábitos funcionam também como complemento terapêutico. Algumas das recomendações para cada tipo de paciente são:

A) Pacientes ansiosos ou insones

Evitar café, chocolate, chá preto, chá mate, refrigerantes tipo cola, energéticos e açúcar;
Aumentar a ingesta de chás de camomila, erva cidreira, maçã e maracujá.
Preferir alimentos ricos em triptofano (pães integrais, cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral, frutas, legumes e chocolate amargo – com moderação.)

B) Pacientes deprimidos (sem energia) ou sonolentos

Aumentar a ingesta de café ou chás (preto, mate)
Usar pimenta vermelha nos alimentos
Preferir alimentos ricos em ômega-3 (salmão, atum, bacalhau, sardinha e sementes de linhaça), tirosina (peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados e queijos magros), ácido fólico (espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, maçã e soja), vitamina B1 (ervilha, feijão, pão integral, cereais integrais, nozes, peixes, amendoins).

C) Pacientes depressivos ou ansiosos

Ingerir alimentos ricos em vitamina B6 (frango, atum, banana, cereais integrais, cará, levedo de cerveja, arroz integral, alho e sementes de gergelim), cálcio (leite e iogurte desnatados, queijos magros), magnésio (soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral), selênio (castanha do Pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes).

 

5) Evitar Bebidas alcoólicas

O uso social de bebida alcoólica durante o tratamento psiquiátrico pode ser discutido e analisado caso a caso com o médico. Mas, de um modo geral, seu uso piora a ansiedade, a depressão e a insônia. Além disso, o álcool interfere no tratamento psiquiátrico, pois interage com as medicações. É importante ressaltar que a bebida alcoólica, num primeiro momento, causa a falsa sensação de bem-estar.

6)Parar de Fumar

O fumo está associado ao aumento da ansiedade, das crises de pânico e também diminuição do efeito terapêutico das medicações psiquiátricas e à piora dos efeitos colaterais. É aconselhável que pacientes fumantes parem de fumar.

 

7) Higiene do Sono

Dormir é fundamental e vital ao ser humano!  Enquanto dormimos, nosso organismo trabalha ativamente para a reposição de energia ao corpo, fortalecimento do sistema imunológico, regulação hormonal, consolidação da memória, entre outras.
A privação crônica de sono acarreta sérios problemas ao organismo, desde baixo rendimento nas atividades diárias, falta de concentração, acidentes de trânsito e no trabalho, até múltiplos problemas de saúde (risco de hipertensão, diabetes, doenças coronarianas, acidente vascular cerebral, câncer, depressão.).
A higiene do sono é um método utilizado para a reeducação de hábitos (ex.: exercício, dieta, uso de substâncias) e comportamentos (ex.: luz, barulho, temperatura, ambiente) necessários para um boa noite de sono.  Por exemplo:

  1. Tenha horários regulares para dormir e acordar (inclusive nos finais de semana)
  2. Use a cama apenas para dormir e ter sua intimidade sexual.
  3. Evite permanecer na cama se não estiver conseguindo dormir. Caso você não durma em mais ou menos 30 minutos após ter se deitado, levante-se e vá para outro cômodo da casa fazer algo “chato ou relaxante” até sentir sono. O propósito de sair da cama é evitar que você fique rolando de um lado para o outro, tentando forçar um sono que não virá devido a ansiedade que está sendo gerada. É importante fazer com que você associe cama com sono e tranquilidade e não com ansiedade. Não fique conferindo o relógio pois isso também lhe causará ansiedade e agravará a insônia.
  4. Repita o item III quantas vezes for necessário se permanecer com dificuldades para adormecer ou caso acorde no meio da noite e perca o sono.Levante-se sempre no
  5. mesmo horário, independente da hora que conseguiu pegar no sono. Isto ajudará seu corpo a adquirir um ritmo regular de sono.
  6. Evite cochilos durante o dia. O único horário permitido é logo após o almoço e no máximo por 30 minutos.
  7. Não faça uso de cafeína, nicotina e álcool próximo ao horário de dormir durma durante o dia.
  8. Pratique atividade física preferencialmente pela manhã ou até 03 horas antes de dormir.
 

9) Qualidade de Vida no Trabalho

A saúde mental e qualidade de vida no trabalho tem sido um tema muito estudado nos últimos anos, isto porque ao mesmo tempo que o trabalho  nos proporciona satisfação ao desenvolver habilidades, alcançar objetivos, interagir com outras pessoas, fazer parte de uma “tribo”, organizar nossos dias (férias, tempo livre) e obter nosso sustento; ele também pode nos proporcionar stress negativo com o  excesso de cobranças, competitividade excessiva e desentendimentos na equipe, baixa remuneração, ambientes insalubres…
Para que o trabalho não seja uma fonte de baixa qualidade de vida e adoecimento, segundo a ABQV (associação Brasileira de Qualidade de vida), é essencial escolhermos uma atividade que atenda às nossas necessidades de interesse e se caso isso não for possível por conta de circunstâncias pessoais ou financeiras, é muito importante que o trabalhador tente melhorar sua qualidade de vida no trabalho, focando sua atenção nos componentes positivos do seu trabalho, mesmo que eles sejam mínimos. A mudança de mentalidade para se concentrar nos benefícios do seu trabalho é capaz de melhorar a sua qualidade de vida nele.

Outras Sugestões práticas para aliviar as tensões do dia-a-dia do trabalho são:

  1. Respire fundo e solte o ar devagarzinho;
  2. Fique em pé e movimente-se um pouco;
  3. Se for possível, vá até o banheiro, lave o rosto e molhe a nuca;
  4. Beba água e alimente-se adequadamente;
  5. Se espreguice, faça movimentos com as pernas, os braços, levando o sangue a fluir;
  6. No ambiente de trabalho, procure planejar e ser organizado, aprenda a colocar limites, trabalhe em equipe, saiba delegar tarefas e lidar com as adversidades.
 

8) Lazer, Hobby e Diversão

O tempo livre é tão importante quanto o tempo destinado ao trabalho, principalmente quando ele é devidamente preenchido (ao invés de ser apenas um tempo vazio). Ter atividades prazerosas nos ajuda a desligar dos problemas, relaxar, conseguir pensar com mais clareza e até lidar melhor com stress do dia-a-dia.
Todo mundo tem uma “quedinha” por algum tipo de passatempo mas nem todo mundo se permitiu pensar no assunto até agora (seja por culpa, medo de ser julgado, divisão inadequada de tempo…).
Lembre-se que seu tempo livre é valioso e merece uma atenção especial. Desta forma, tente identificar as atividades que mais se assemelham ao seu perfil e comece a praticá-las. Alguns exemplos:

  • Fotografia;
  • Pintura (Aprender a pintar);
  • Dança;
  • Artesanato;
  • Bordar;
  • Crochê;
  • Ciclismo;
  • Xadrez, boliche, cartas, bilhar;
  • Tocar algum instrumento musical;
  • Equitação.
 

10) Apoio Social (Familiares, amigos, grupos religiosos, instituições…)

Possuir uma rede de apoio social contribui para o nosso bem-estar geral, nos deixa menos vulneráveis a agentes estressores, nos ajuda a lidar melhor com os problemas diários e a tomar decisões mais acertadas. Quando conseguimos dividir nossa “cruz” com o outro, ela fica mais leve. Sendo assim, o simples fato de podermos compartilhar nossos medos, receios, frustrações e problemas com o próximo, nos ajuda a se sentir melhor.

O paciente em tratamento psiquiátrico necessita muito do apoio familiar e de amigos. É recomendado que estes:

  1. Forneçam à pessoa em tratamento um ambiente carinhoso;
  2. Procurem se informar sobre o transtorno do paciente e a importância do uso da medicação, a fim de evitar comentários preconceituosos e desnecessários
  3. Reconheçam que a doença mental é uma doença como qualquer outra e que o doente irá progredir ao seu próprio ritmo;
  4. Não julguem qualquer atitude ou opinião do paciente como inválida por ele estar em tratamento psiquiátrico;
  5. Não pressionem o doente a animar-se.
  6. Registrem quaisquer melhoras, incentivando o paciente a detalhá-las ao médico;
  7. Ajudem o paciente a seguir as instruções do médico.